Há 37 anos no CT Campinas do Jockey Club paulista, José Terto Bezerra - o "José do jardim" - guarda histórias para quem sabe um dia contar aos netos. Em geral, são "causos" do dia a dia e fatos ligados à jardinagem, ofício que lhe deu uma visão mais ambientalista responsável no decorrer desse tempo.
Ele conta que em 1978, a área de 14 alqueires (384 mil metros quadrados) do CT era ainda carente de verde. Aos poucos, o espaço foi sendo preenchido de forma planejada, ora por mudas compradas ou desenvolvidas, ora por doações. E são estas que se destacam, pois chegaram pelas mãos de pessoas preocupadas em atrair pássaros e prover sombra em dias ensolarados.
Pau-Brasil e Mogno
"José do jardim" recorda o tamanho da muda de pau-brasil que plantou em1985. Trazida pelo então gerente Matheus Dellatorre, aquela plantinha logo se mostrou poderosa e forte o bastante para tornar-se a mais alta do CT.
Pau-Brasil: com 30 anos, imponente.
José Terto, orgulho do patrimônio verde que ajudou a criar.
Mas é entre a antiga torre de controle e a arquibancada maior que um conjunto de mognos se impõe. As oito árvores, plantadas em 1992, foi doação do dr. Alfredo Sestini, sócio/criador de renome no turfe como proprietário da craque Lausane, que correu na França pilotada pelo chileno Francisco "Pancho" Irigoyen.
Mogno: espécie protegida por lei e por "José do jardim".
Com seu jeito simples e de boa prosa, "José do jardim" não economiza elogios ao crescimento da "sua" área verde. E entre tantos detalhes de momentos que ficaram no passado, ele estaria cheio de razão se perguntasse "o que seria dos jornalistas se não houvesse histórias para ouvir e recontar". Então fica o compromisso: Trote&Galope voltará para ouvir e recontar mais histórias.