Registrando a nota média final de 72,112% e montando Escorial Horsecampline no Grand Prix nesse domingo(7/8), o cavaleiro João Victor Marcari Oliva bate seu terceiro recorde consecutivo em Mundiais e a maior nota do país em um concurso nível 5*. Nessa 2ª feira, 8/8, às 13h40 (8h40m, no Brasil) João Victor disputa o GP Special.
O cavaleiro paulista de 26 anos se posicionou em 26º, entre 93 competidores de 34 países. Assim, pela primeira vez, o Brasil avança para a segunda fase da competição, o Grand Prix Special que acontece nesta segunda (8/8), reunindo os 30 melhores conjuntos (cavalo / cavaleiro) em prova válida para a classificação à disputa do pódio individual, com participação de 15 duplas finalistas.
“Estou muito feliz, foi uma boa prova, meu cavalo estava concentrado d escutando bem as ajudas. Fiquei feliz com o resultado e a nossa apresentação. Desde Tóquio, tivemos tempo de fazer alguns ajustes e temos melhorado os resultados com muito trabalho. O Escorial vem correspondendo a esse trabalho e conto com a ajuda de uma boa equipe”, comemorou o atleta.
“É a primeira vez que temos um brasileiro no segundo dia de competição individual. O João fez uma prova excelente, chamou a atenção de todos e merecidamente recebeu essa classificação inédita. Está de parabéns.”, comemorou Sérgio de Fiori, diretor de Adestramento da Confederação brasileira de Hipismo (CBH).
O Brasil participou pela primeira vez do Adestramento em um Mundial em 2002, em Jeres de la Frontera, na Espanha, neste que é o maior evento mundial dos esportes com cavalos e que, entre 1990 e 2018, era chamado Jogos Equestres Mundiais (WEG na versão em inglês) e reunia a cada quatro anos a elite das oito modalidades regidas pela Federação Equestre Internacional (FEI). A partir de 2022, no entanto, a FEI decidiu realizar campeonatos individuais de cada modalidade, não necessariamente concentrados em um mesmo país e período. Em Herning, por exemplo, também estão em curso os Mundiais de Salto, Volteio e Paraequestre.
Na Dinamarca, João Victor, que é atleta militar, bateu seu próprio recorde pela terceira vez consecutiva: na estreia, em 2014, na Normandia (França), registrou no GP 63,843%, e em 2018 em Tryon, Estados Unidos, 65,512%.
Na classificação geral do Grand Prix, a estrela local Cathrine Laudrup-Dufour montando Vamos Amigo atendeu às expectativas dos dinamarqueses e subiu no lugar mais alto do pódio ao apresentar a nota média final de 81,864%. A dupla Cathrine Laudrup-Dufour e Vamos Amigos, 4º lugar nos Jogos de Tóquio 2021, é vice-líder atual do ranking mundial; a amazona também ocupa o 3º lugar com o cavalo Bohemian.
O 2º lugar no pódio do Grand Prix foi ocupado pela britânica Charlotte Fry com Glamourdale (80,838%) e em terceiro lugar se posicionou a holandesa Dinja van Liere montando Hermés, dupla que vinha na liderança no primeiro dia do GP.
O GP também definiu o pódio por equipes nesse domingo, com participação de times de 19 países. Para efeito de classificação, foram consideradas as três melhores notas de cada país, e quem conquistou o ouro foi a Dinamarca com 235,451%, a prata ficou com a Grã Bretanha (234,223%) e o bronze com a maior detentora de títulos mundiais e olímpicos, a Alemanha (230,791%).
GP Special, passaporte para a final individual Os 30 melhores conjuntos do GP se habilitaram ao GP Special que acontece nesta segunda-feira (8/8), com participação de representantes de 13 países. Dinamarca e Alemanha contam com quatro representantes, Grã bretanha, Holanda, Suécia, Áustria e Espanha com três, Estados Unidos com dois e, com um representante cada, o Brasil, Bélgica, Luxemburgo, Finlândia e Portugal.
As 15 melhores duplas do GP Special carimbam passagem para o GP Freestyle, que acontece na quarta-feira (10/8) com definição do pódio individual.
fonte: Imprensa CBH (coloboração Rute Araujo / fotos Luis Ruas)