Brasileiro mais premiado do Hipismo/Adestramento, dono da inédita prata individual conquistada no Pan 2023, está em sua 3ª participação olímpica, com diferentes cavalos. "Estou muito feliz, espero ter representado bem o Brasil", destacou o cavaleiro.
Nessa terça-feira (30/7), o cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano João Victor Marcari Oliva e seu Feel Good V.O representaram o Brasil na primeira disputa do Adestramento, na arena de montada nos jardins do Castelo de Versailles, sede do hipismo em Paris 2024, sob forte calor de cerca de 35 graus. A dupla fechou com 70.093% de aproveitamento.
“Fiz uma prova sem erros. Faltou energia aqui e ali, mesmo assim senti o Feel Good dando seu melhor. O cavalo veio com condicionamento bom, mas quando pega um calor desses, parece que está 40 graus até dentro da minha casaca. Então, mesmo com os fatores externos, foi tudo muito bem. Eu queria acima de 70% e consegui. Fazer 70% em uma Olimpíada não é para qualquer um. Não podia estar mais feliz. Espero que tenha orgulhado os brasileiros que torceram por mim”, destacou João Oliva, que competiu na Rio 2016, Tóquio 2020+1 e agora em Paris 2024.
Feel Good V.O, cavalo da raça Westfalen que está registrado no studbook Brasileiro de Hipismo, tem 12 anos e está há apenas dois competindo em um Grand Prix (mais alto nível). “Estou muito orgulhoso de tê-lo domado, do Feel Good, do meu trabalho, porque todo mundo que doma um cavalo tem como objetivo fazê-lo chegar em algum lugar e o maior objetivo da maioria dos cavaleiros é chegar nos Jogos Olímpicos, a maior competição do mundo”, destacou João, que garantiu uma inédita medalha de prata individual para o Brasil com Feel Good V.O no Pan-americano de Santiago 2023.
“O Feel Good compete no Grand Prix (nível máximo) há dois anos e está um pouco verde. Ele fez apenas um Internacional 5* e agora aqui na Olimpíada, os Jogos Pan-americanos de Santiago e alguns concursos 4 estrelas. O cavalo tem muito para dar e não poderia estar mais orgulhoso dele, porque ele se dá o tempo inteiro para mim e sinto que ele é um cavalo feliz”, destacou João, que, é claro, já pode começar a pensar no Mundial 2026 em Aachen.
"Tem mais dois anos para o Mundial de Aachen, o cavalo está bem e saudável. Esse é o nosso plano, mas também temos outros objetivos: formar os cavalos novos e sempre ter um cartel de cavalos que podem chegar ao alto rendimento", comentou o cavaleiro brasileiro, de 28 anos, mais premiado brasileiro da modalidade.
Em sua terceira Olimpíada, João Victor, 28, não podia estar mais feliz e preferiu não comparar resultados. “Foram três cavalos diferentes e não dá para fazer essa comparação porque teria que falar dos cavalos. Diferente de Tóquio, que não tinha público, assim como no Rio de Janeiro com relativamente poucos espectadores, aqui em Versailles o estádio está lindo, cheio, e a gente quer se apresentar para um grande público. Aqui na Europa, a cultura desse esporte é maior”, observou João. "Agora vou torcer pelos meus amigos e companheiros também irem bem", finalizou.
Regras do jogo
Competem no Grand Prix 60 conjuntos, divididos em três grupos de 10. Ou seja, 30 em 30/7 e outros 30 em 31/7. No sábado (3/8), acontece o Grand Prix Special, exclusivo para as 10 melhores equipes selecionadas a partir do Grand Prix, ou seja, 30 conjuntos (3 por país). Finalmente no domingo (4/8), no Grand Prix Freestyle, os melhores 18 conjuntos, dois de cada grupo e os seis melhores na classificação geral do Grand Prix concorrem ao pódio individual.
fonte: Imprensa CBH (Carola May / Rute Araújo)