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Time Brasil de Salto se habilita para a Final olímpica por equipes

Com ótima atuação de Marlon Zanotelli e Pedro Veniss, Brasil tinha boa margem para se qualificar entre as 10 equipes para final por equipes. Rodrigo Pessoa teve dificuldades com sua montaria, mas chegou ao final e o país terminou em 8º. Yuri Mansur volta à briga por medalha nesse sábado (7/8).


Nessa sexta-feira (6/8), o Time Brasil de Salto se habilitou para final olímpica e garantiu a vaga entre as 10 melhores equipes que voltam à pista no Centro Equestre Baji Koen, em Tóquio, nesse sábado (7/8), para decisão do pódio por equipes com pontuação zerada.


Atuação perfeita de Marlon com Edgar M (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Primeiro a largar, nº 15 na ordem de entrada, Marlon Zanotelli montando Edgar M abriu a rodada do Time Brasil com um belíssimo percurso sem faltas. Depois, nº 34, foi a vez da experiente dupla Pedro Veniss com Quabri d L´Isle, que fechou com apenas uma falta na saída do duplo nº 13 na reta final do percurso de 14 obstáculos. Faltava, então, Rodrigo Pessoa com Carlito´s Way, nº 53, que estranhou os obstáculos e chegou a dar um desvio no muro de nº 7. Mas, o cavaleiro olímpico fez valer sua experiência e, com 20 pontos, fechou a apresentação da equipe garantindo a qualificação do Time Brasil para a final na 8ª colocação. Dos 19 países, 10 passam para a Final que voltam à decisão de igual para igual.


Yuri Mansur com Alfons integrará o Time Brasil na final por equipes (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Agora, conforme permite a regra, dado ao desempenho de Rodrigo e Carlito´s, Yuri Mansur com Alfons do Santo Antonio, melhor brasileiro na final individual na 20ª colocação, integrará a equipe ao lado Marlon e Pedro nesse sábado (7/8). Philippe Guerdat é o técnico e o chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda, ambos lideraram o Brasil na conquista do hexacampeonato em Lima.


Missão cumprida para Marlon e Edgar M (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

"O percurso estava bem técnico, com bastante opção. O Edgar está em plena forma, demos um pouco de azar na qualificativa com uma faltinha", comentou Marlon, que ficou de fora da final individual na quarta-feira (4/8), por apenas duas posições. "Mas, hoje ele saltou muito bem. Estou muito feliz com o resultado. Sem dúvida, estamos com grandes cavaleiros, o Yuri ajudando a gente no aquecimento. Nossa equipe está bem unida, se deus quiser vamos trazer mais uma medalha, como no Pan de Lima", destacou Marlon, que integrou a equipe medalha de ouro e foi campeão individual no Peru.


Pedro com Quabri comemora sua apresentação (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Pedro Veniss também comentou sua performance logo após sua apresentação. "O Quabri saltou muito bem; talvez confiei um pouco demais ali no final do percurso e fiz um ponto de excesso. A gente tentou não forçá-lo muito hoje. Mas, estou contente com o resultado; se eu montar melhor amanhã, acho que dá para fazer zero. O sistema está muito difícil", disse o brasileiro, medalha de ouro por equipes com Quabri em Lima e 5º por equipes com a mesma montaria na Rio 2016.


Rodrigo e Carlito´s Way fecharam a rodada do Time Brasil (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

No novo formato das regras da modalidade em Olimpíadas, as equipes são formadas por apenas três conjuntos (sem direito a descarte). Antes, eram quatro e o pior resultado a cada rodada era descartado. Nesse caso, o importante mesmo foi Rodrigo, campeão olímpico 2004 e dono de dois bronzes por equipes em Atlanta 1996 e Sydney 2000, finalizar sua apresentação. "O Carlito's ficou muito tenso e nervoso na pista, assustado com os obstáculos. Ele reagiu algumas vezes, mas eu sabia que tinha uma boa margem para passar para o segundo percurso. Tive que levá-lo com firmeza e não foi muito agradável, mas, eu tinha que seguir pela equipe e levá-lo até o final.

Tenho certeza que, amanhã, nosso chefe de equipe vai voltar a colocar o Yuri, que monta um cavalo com mais experiência para poder brigar por uma medalha e amanhã", disse Rodrigo.

"A participação do Marlon e do Pedro foi realmente espetacular. Teremos a troca de cavalo e cavaleiro, mas vou estar aqui para ajudar meus companheiros de equipe e brigar por uma medalha. Trazer a minha roupa (uniforme) esperando que tenha um pódio amanhã", finalizou o brasileiro, que está em sua sétima Olimpíada.


A Suécia confirmou sua excelente atuação com o medalhista de prata Peder Fredricson e outros dois conjuntos entre os seis primeiros colocados na final individual e foi a melhor equipe com mais três percursos sem faltas. "Os suecos estão voando aqui, ainda não colocaram nenhum obstáculo no chão, na Olimpíada toda. Sensacional a apresentação deles. Mas, amanhã temos uma nova chance de brigar de igual para igual e esperamos ter um resultado bom. Uma medalha seria realmente especial e vamos fazer tudo para ajudar os meninos", destacou Rodrigo.

As medalhas de bronze em 1996 e 2020 e o ouro individual em 2004

Há 25 anos, o Brasil conquistava sua primeira medalha de bronze em Jogos Olímpicos. Após 10 participações em Jogos Olímpicos, o sonho da medalha olímpica se concretizou com a conquista do bronze pelo Time Brasil formado pelos conjuntos: Rodrigo Pessoa/Tom Boy, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, com Arisco Aspen, André Johannpeter/Calei Joter e Felipe de Azevedo/Cassiana Joter.


Quatro anos mais tarde, o país conquistava sua segunda medalha de bronze por equipe em um emocionante desempate com a França. O Time Brasil foi formado pelos conjuntos: Rodrigo Pessoa/Baloubet du Rouet, Luiz Felipe de Azevedo/Ralph, Álvaro Miranda Neto, o Doda, com Aspen e André Johannpeter/Calei Joter. Na disputa individual, entrou para a história o refugo de Baloubet e a desclassificação de Rodrigo Pessoa, que vinha na liderança com chances de conquistar o ouro. André Johannpeter também ficou perto do pódio conquistando o 4º lugar - igualando seu feito ao do General Eloy Menezes, em 1952.


Vale lembrar ainda da conquista do primeiro ouro individual com Rodrigo Pessoa montando Baloubet du Rouet, em Atenas 2004. Rodrigo saiu de Atenas ostentando a prata, o ouro veio meses depois quando se comprovou o doping do cavalo Waterford Cristal, montaria de Cian O'Connor, da Irlanda. A entrega da medalha foi feita um ano depois em cerimônia no Forte de Copacabana no Rio de Janeiro.

1º Suécia - 0 ponto perdido (pp) - 239s57 Henrick von Eckermann / King Edward Malin Baryard-Johnsson / Indiana Peder Fredricson / All IN


2º Bélgica - 4 pp - 253s09 Pieter Devos / Claire Z Jerome Guery / Quel Homme de Hus Gregory Wathelet / Nevados S


3º Alemanha - 4 pp - 254s79 Andre Thiem / DSP Chakaria Maurice Tebbel / Don Diarado Daniel Deusser / Killer Queen


Suíça - 10 pp EUA - 13 pp França - 15 pp Grã Bretanha - 20 pp Brasil - 25 pp Holanda - 26 pp 10º Argentina - 27 pp


fonte: Imprensa CBH (Carola May e Rute Araujo; colaborou Revista Horse)


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