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Carola May

Tradição militar no hipismo: "Quando os estribos se tocam está feita a camaradagem"

Incentivador do hipismo nacional, Haras Rosa Mystica amplia apoios a eventos esportivos das cavalarias da Polícia Militar e do Exército.


Quando os estribos se tocam está feita a camaradagem (Ortiz)

O Torneio Hípico das Polícias Militares no Regimento 9 de Julho da Cavalaria, que está completando 130 anos, no bairro da Luz, em São Paulo, chegou à sua 39ª edição, entre 6 e 8/10, após um hiato de dois anos devido à pandemia.

O evento foi aberto com a presença de autoridades civis e militares, que acompanharam a apresentação do "Carrossel" de cavaleiros com mais de 50 conjuntos fazendo movimentos sincronizados de equitação.


Tradição Militar e raça Brasileiro de Hipismo muito bem representada (Ortiz)

Durante os três dias de provas, de 0.80, 1, 1.10, 1.20 e 1.30m, com participação de PMs de todo o país, junto com Exército e cavaleiros e amazonas civis, também aconteceram atividades paralelas, marcando o reencontro de diversas gerações da corporação desde os anos 70 até os dias de hoje.

Em pista, os cavalos da Polícia Militar, a maioria da raça Brasileiro de Hipismo (BH), mostraram que, além do patrulhamento nas ruas, são bons para o esporte em diversas categorias.


O Haras Rosa Mystica, conceituado criatório de cavalos de esporte da raça Brasileiro de Hipismo (BH), em Salto de Pirapora, no interior São Paulo, foi um dos apoiadores, a exemplo do incentivo que já vem oferecendo em competições nos principais polos hípicos de São Paulo, Recife, Salvador, Brasília e outros locais.


Produtos Rosa Mystica em pista no 39º Torneio do Regimento 9 de Julho (Ortiz)

Além de um apoio financeiro, o Haras presentou com brindes aos melhores colocados de todas categorias. "Para nós, é uma grande satisfação e prazer participar desse evento em seu 39º Aniversário e 130 anos da PM”, disse Nilson Leite, titular do Haras Rosa Mystica, que acompanhou a cerimônia de abertura e todos os dias de provas.


Ele lembra que, em sua primeira edição pós pandemia, o Concurso retornou com força total, casa cheia. “Confesso que foi uma prazerosa surpresa. É um evento que, com certeza, pode contar conosco nos próximos anos. Até porque os militares têm uma importância muito grande no desenvolvimento do hipismo nacional, como o Cel Renyldo Ferreira, General Eloy Menezes, Cel Joberto Pio da Fonseca, entre outros, deixando um grande legado para todos nós", destacou o criador. Além do Torneio da Cavalaria, o Haras Rosa Mystica também apoiou com a equipe militar no Mundial 2022, e hoje tem animais de sua criação saltando no Brasil, em diversos países da América do Sul, Central, EUA e Europa. "Graças a Deus, temos conseguido um destaque em nível mundial. Mas, aqui eu gostaria de ressaltar a importância da PM nos esportes hípicos. Competindo no adestramento, salto e concurso completo, a PM também está preparando os seus integrantes para fazer um policiamento cada vez melhor, ou seja, não somente no âmbito esportivo, mas também em sua formação profissional e pessoal", ponderou Nilson.


PMs dos mais diversos Estados e Exército em pista no Regimento 9 de julho (Ortiz)

O criador também elogiou a tropa da Cavalaria a postos no evento. "Eu fiquei bastante feliz com o nível dos cavalos, não só BHs em atividade nas pistas, mas também a serviço da Polícia Montada. São cavalos de bom tamanho, boa andadura, fora da série. Toda cultura do hipismo brasileiro vem ganhando com o desenvolvimento da criação nacional. Aproveito para agradecer o apoio da Federação Paulista de Hipismo, da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo de Hipismo e acho que ele tende a aumentar cada vez mais e outros, como nós aqui presentes, seguirão nesse caminho."


O comandante do Regimento 9 de Julho da Cavalaria, coronel Eduardo Lima, também comentou sobre a importância da retomada do torneio e o que representa para toda a corporação. "Para nós é uma grande satisfação, é um evento importante para troca de amizade, reforçar os laços do espírito da Cavalaria com todas as entidades militares do Brasil, tanto do Exército brasileiro, como as Polícias Militares. É um momento de integração, uma tradição muito boa. O cavalo é o ser que nos une", destacou.


Coronel Lima ainda falou sobre a parceria da cavalaria militar com as entidades civis. "Ninguém faz nada sozinho, então, as parcerias são muito importantes. Nos primórdios, a equitação começou com os militares, só que com a evolução e passar do tempo, fomos precisando dessa integração", avalia o comandante do Regimento.


Cel Eduardo Lima, comandante do Regimento 9 de Julho, com Nilson Leite (Ortiz)

"Hoje, o esporte não vive sem essa parceria e integração. Esse investimento do Haras Rosa Mystica no hipismo, genética, construção de um esporte mais profissional e outros tantos patrocinadores é fundamental: sem os senhores nada disso seria possível."

Coronel Lima ainda jogou luz no lema da corporação: "Quando os estribos se tocam está feita a camaradagem", frase estampada nas baias da corporação. "Tudo que a gente faz, sempre em conjunto é mais forte. Desde o período de guerra, os cavaleiros andavam lado a lado, tocando os estribos e um amigo lutando pelo outro. E o cavalo é parte dessa simbiose e essa amizade significa muito pra gente." Comemorações Coincidentemente, em 2022, a Escola de Equitação do Exército em Deodoro (RJ) completou 200 anos e, no mesmo final de semana da competição no Regimento de SP, uma equipe defendeu o Brasil Militar no Mundial 2022, em Fontainebleau, na França, conquistando a 5ª colocação.


Vale lembrar que a tradição militar no hipismo vem de longa data e deu origem aos esportes hípicos no Brasil. Pioneira no país, a modalidade salto teve sua primeira competição em abril de 1641 quando da realização do “Torneio de Cavalaria” em Mauricea, hoje a cidade de Recife (PE).

Depois desta iniciativa, passaram-se 222 anos até o início da oficialização dos esportes equestres clássicos no Brasil, em 1863, com a criação da Escola de Equitação do Exército de São Cristóvão, atual Centro Hípico do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (RJ). Praticado pelas elites do eixo Rio-São Paulo, o esporte ganhou novo impulso com a criação, no Rio de Janeiro, da Federação Brasileira de Hipismo em 1935 e que inspirou a criação da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) em 1941.


A primeira participação de cavaleiros brasileiros no exterior foi em 1942, no Chile. Um salto maior para o esporte foi dado em 1948, quando o Brasil mandou uma equipe para as Olimpíadas de Londres, Inglaterra, 100% formada por militares.

Brasil Hipismo com as fontes: Revista Horse e Histórico CBH

fonte: Informações à Imprensa (Carola May)

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