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Rodolpho Riskalla é campeão no Freestyle Paraequestre na Alemanha e vem com tudo rumo a Tóquio

Habilitado à Paralímpiada, Rodolpho Riskalla, duas vezes vice-campeão mundial atual e nº 2 do mundo em sua categoria, é aposta de medalha em Tóquio. Após dois tricampeonatos em 2021, em Doha (Catar) e Mannheim (Alemanha), Rodolpho montando Don Frederic foi campeão do Freestyle em Munique, Alemanha.

Rodolpho e Don Frederic em belo movimento no Internacional na Alemanha (Hubert Fischer)

Entre 21 e 24 de maio, feriado de Pentecostes na Alemanha, o top brasileiro Rodolpho Riskalla -habilitado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio - esteve a postos no Internacional de Adestramento Paraequestre - CPEDI3*, em Munique, Alemanha. Dessa vez, Rodolpho - que vem de um tricampeonato no CPEDI3* em Mannheim, Alemanha, em 9/5 e também foi tri em Doha, Catar, em fevereiro de 2021 - enfrentou um adversário a mais: a forte ventania na capital da Bavieira e no Estádio Olímpico de 1972, local da competição.


"Estava um super vento, meu cavalo Don Frederic ficou meio histérico com a ventania (risos). Então, foi meio difícil nos dois primeiros dias, pois o vento batia e assobiava num mastro de bandeiras; depois ele foi se acalmando. Mas, no segundo dia também estava meio tenso. Tive alguns erros e acabei perdendo ali", conta Rodolpho, que competindo no grau IV emplacou, respectivamente, em 2º e 3º lugar e na 2ª feira, 24/5, em 1º.


"O importante é que ganhamos o Freestyle (reprise musicada com movimentos obrigatórios em sequência livre), que era o mais importante. Ganhamos, com 74,975%, estamos bem felizes", completa Rodolpho, que conta com apoio de sua mãe - a treinadora e juíza de adestramento Rosangele Riskalla - e ainda de sua irmã, a amazona Vitoria Riskalla.


"Agora vou levar minhas duas montarias, Don Henrico e Don Frederic, para o Internacional de Hartpury na Inglaterra, entre 7 e 11/7, onde estarão todos os juízes que vão julgar a Paralimpíada de Tóquio, com excessão de uma juíza australiana que não estará presente por impedimento de viagem", adianta Rodolpho, atual nº 2 do ranking mundial Grau IV e nº 9 no ranking geral, duas vezes vice-campeão mundial em 2018 e forte candidato a medalha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

"Então, na Inglaterra, vou poder decidir com qual cavalo vou aos Jogos. Depois, em 10 de agosto, iremos para a quarentena em Aachen, na Alemanha, para ficar com os cavalos e dia 18 embarcamos para Tóquio", finaliza o cavaleiro.


A Paralimpíada de Tóquio acontece entre 24 de agosto e 5 de setembro e a corrida pelas medalhas no Adestramento Paraequestre, entre 26 e 30/8. No Adestramento Paraequestre, as disputas são divididas em cinco graus - I, II, III, IV e V - grau de dificuldade crescente, de acordo com a avaliação / classificação funcional da deficiência do atleta.


Superação ímpar

Rodolpho, hoje com 37 anos, pratica adestramento desde a infância e aderiu ao adestramento paraequestre no início de 2016, seis meses após a perda da parte inferior das duas pernas, a mão direita e dedo da mão esquerda em decorrência de uma meningite. Menos de um ano depois, defendeu o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e, em 2018, foi o melhor brasileiro nos Jogos Equestres Mundiais 2018 nos EUA, onde conquistou duas medalhas de prata no adestramento paraequestre.


O cavaleiro residia na França há cerca de 10 anos e, no final de 2020, mudou para Alemanha, onde conta com três cavalos à sua disposição. Além do adestramento paraequestre, Rodolpho também compete com sucesso em provas de adestramento.



fonte: Informações à Imprensa (Carola May / fotos Hubert Fischer)

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