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Um olhar sobre Don Henrico, 19, agora aposentado, "cavalo de uma vida" de Rodolpho Riskalla

Ainda antes do Mundial 2022, em Herning na Dinamarca, a Federação Equestre Internacional homenageou o craque Don Henrico em matéria especial "Cavalo do Mês", garanhão hannoverano de 19 anos , montaria de Rodolpho Riskalla com aposentadora programada e merecidamente confirmada após a competição.


Rodolpho e sua irmã Victoria com Don Henrico no Mundial 2022 (Luis Ruas)
Rodolpho e sua irmã Victoria com Don Henrico no Mundial 2022 (Luis Ruas)

Rodolpho Riskalla montou "Dondon", de propriedade da ex-amazona olímpica Ann Katrin Lisenhof, nos últimos cinco anos. Mas, a hora de sua aposentaria chegou com direito a mais dois bronzes no Mundial 2022, que se somam à prata em Tóquio 2020+1 e duas pratas no Mundial 2018 no Tryon. Além, é claro, de diversas outras conquistas internacionais como o tetra no Internacional de Doha 2019/2020/2021/2022.


"Ainda não sabemos onde ele ficará efetivamente aposentado. Estamos pensando em trazê-lo para o Brasil, onde teria mais espaço para curtir a vida com direito a um amplo piquete", destacou Rodolpho, que reside na Alemanha e - após o Mundial 2022 - veio a São Paulo, sua cidade natal.


Na fase final de preparação para o Mundial, a partir de junho, Don Henrico foi para as cocheiras da amazona olímpica Helen Langehanenberg, que também ajudou nos preparativos finais. Em Herning, o time voltou a se completar com Holga Finken, habitual treinador da dupla, sempre com todo o apoio da treinadora Rosangele, mãe do cavaleiro e de sua irmã Victoria Riskalla, que não mede esforços no cuidado com Don Henrico no dia a dia e em todas viagens internacionais.


Bastidores de campeões: Rodolpho e Don Henrico nas cocheiras (Acervo pessoal)
Bastidores de campeões: Rodolpho e Don Henrico nas cocheiras (Acervo pessoal)

Riskalla, acometido por uma meningite bacteriana em 2015 quando perdeu a parte inferior das pernas, os dedos da mão direita e parte dos dedos da mão esquerda, tornou-se cavaleiro paraequestre em 2016 quando competiu na Olimpíada do Rio. Um ano depois, graças a Ann-Kathrin Linsenhoff, passou a contar com Don Henrico, criação do Gestut Schafhof, centro de treinamento e competição de cavalos de adestramento de elite na Alemanha.


“Desde que Don Henrico chegou para mim, em 2016, tornou-se parte da nossa família e, graças à confiança, ajuda e generosidade de Ann-Kathrin Linsenhoff e seu genro Klaus Martin Rath, alcançamos muitos sonhos e nós buscamos dar a Don Henrico a melhor vida que ele merece."


Rodolpho em momento de carinho com Don Henrico (Acervo pessoal)
Rodolpho em momento de carinho com Don Henrico (Acervo pessoal)

Don Henrico tem uma grande personalidade e presença impressionante. “Ele sabe que é o chefe. Nas cocheiras, mesmo sabendo que é um garanhão muito educado, é preciso tomar cuidado. Ele pode ficar excitado com os outros cavalos e mostrar o quão bonito é", revela Rodolpho. “Montá-lo é mesma coisa. O Don Henrico é muito sensitivo e emotivo, nos conhecemos muito bem e aprendemos a confiar um no outro. Ele ama competir e ter todas as atenções voltadas para si, especialmente, também nas cocheiras. A gente passa muito tempo juntos, sempre com muita troca de carinho", revela Rodolpho.


Além de competir no Adestramento Paraequestre, Rodolpho também disputa provas de igual para igual no Adestramento Clássico, ou seja, com pessoas sem deficiência. Ao mesmo tempo, profissionalmente, Rodolpho trabalha para a Dior, na programação artística da casa de moda francesa.


Se, para a FEI, Don Henrico foi considerado "o cavalo do mês", certamente para Rodolpho e sua família ele é o cavalo de uma vida. “O cuidado e treinamento com minha mãe, Rosangele, e minha irmã Victoria é fundamental para tudo que alcançamos e felicidade de Don Henrico. Ele sabe que o amamos, independente de resultados no picadeiro", garante Rodolpho, que agora busca novos cavalos visando aos Jogos de Paris 2024.


"Agora, com a aposentadoria do Don Henrico, estou em busca de novos cavalos e patrocinadores, especialmente no ciclo até Paris 2024. Ainda quero conquistar uma medalha de ouro", destaca o mais premiado ginete brasileiro no Adestramento Paraequestre e que foi o melhor brasileiro nos dois últimos Mundiais e também em Tóquio.

Imprensa CBH com infos FEI Katie Roebuck; imagens: Luis Ruas (CBH), Liz Gregg (FEI) e Rodolpho Riskalla (cedida) e Osmar Rogério

fonte: Imprensa CBH (Carola May / Rute Araujo / Natasha Simonato)

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