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Yuri Mansur fecha sua 1ª Olimpíada em 20º lugar e agora Brasil briga por uma 3ª medalha por equipes

Em 6 e 7/8, acontece a final por equipes da modalidade Salto. No 1º dia, o Time Brasil deve largar com Pedro Veniss e Rodrigo Pessoa, que pouparam suas montarias no individual, além de Marlon Zanotelli. Até hoje, o Brasil detém dois bronzes: há 25 anos em Atlanta 1996 e novamente em Sydney 2000.


Yuri Mansur e Alfons do Santo Antonio honraram o Brasil na final individual (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Yuri Mansur e Alfons do Santo Antonio honraram o Brasil na final individual (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Nessa quarta-feira (4/8), teve final olímpica individual no Salto no parque equestre Baji Koen de Tóquio, também sede do hipismo nos Jogos de 1964. O brasileiro Yuri Mansur montando Alfons do Santo Antonio, um cavalo de esporte estoniano de 14 anos de propriedade do carioca Francisco Brandão, fechou a final individual olímpica na 20ª colocação com duas faltas. Participaram da disputa os Top 30 da qualificativa individual em 3/8.


"Arrisquei para o obstáculo número 2, onde pensei que eu pudesse ganhar tempo. Meu cavalo, desde fevereiro, tinha feito uma só falta, subestimei um pouco e fechei para dois e ele fez essa falta. Na segunda falta (na saída do duplo nº 6), ele foi um pouco para direita, na verdade nem percebi. Estou super feliz porque é um cavalo que tem pouquíssima experiência nesse nível. Foi minha primeira Olimpíada. Uma falta teria sido melhor, mas perfeito, claro, seria a medalha", destacou Yuri.


Ben Maher com Explosion W: campeão olímpico 2020 (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Ben Maher com Explosion W: campeão olímpico 2020 (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Dos 30 conjuntos na corrida pela medalha, seis foram ao desempate. Com mais uma apresentação perfeita, sagrou-se campeão olímpico Ben Maher com Explosion W, pela Grã Bretanha, sem faltas, na excelente marca de 37s85. Com esse resultado Ben Maher, 38, atual nº 12 do ranking mundial, que foi ouro por equipes em Londres 2012, bronze individual na Rio 2016, faturou o merecido ouro olímpico em Tóquio 2020. Montando Explosion W, um sela holandês de 12 anos e filho de Chacco Blue com a Untochable, filha de Baloubet du Rouet, montaria do campeão olímpico brasileiro Rodrigo Pessoa, Ben também havia sido o mais rápido entre os 25 conjuntos zerados na qualificativa individual.


Também, com excelente atuação sem faltas em 38s02, o sueco Peder Fredericson montando King Edward garantiu a sua segunda prata individual consecutiva. Último em pista, o holandês Maikel van der Vleuten montando Beauville foi bronze, sem faltas, 38s02. Outros dois suecos chegaram na 4ª e 5ª colocação: Henrik von Eckermann montando King Edward e Malin Baryard Johnson com Indiana, ambos sem faltas em 39s71 e 40s76. A boa surpresa foi o cavaleiro Daisuke Fukushina que, montando Chanyon, zerou em 43s76, garantindo um histórico 6º lugar pelas cores do Japão.


A amazona Luciana Diniz, paulista que defende Portugal, montando Vertigo du Desert emplacou em 10º lugar, com apenas uma falta no antepenúltimo obstáculo do percurso inicial da final individual. Vale lembrar ainda que, em 1964, Nelson Pessoa, pai do campeão olímpico Rodrigo Pessoa, foi o único representante brasileiro e, montando Huipil, terminou empatado em 5º lugar.


Agora, o Time Brasil se prepara para a final por equipes na sexta (6/8) e sábado (7/8), início às 7 horas da manhã (fuso brasileiro), 19h no Japão. O Brasil deve começar com os seguintes conjuntos: Pedro Veniss / Quabri de L'Isle, Rodrigo Pessoa / Carlito´s Way e Marlon Zanotelli / Edgar que ficou de fora da final individual por muito pouco empatado 31º lugar.


Rodrigo Pessoa com Carlito´s Way no esquenta para sua 7ª Olimpíada (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Rodrigo Pessoa com Carlito´s Way no esquenta para sua 7ª Olimpíada (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Pedro Veniss e Quabri de L'Isle no aquecimento em Tóquio (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Pedro Veniss e Quabri de L'Isle no aquecimento em Tóquio (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Marlon Zantelli, nº 7 do mundo, em ação com VDL Edgar na 1ª qualificativa (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Marlon Zantelli, nº 7 do mundo, em ação com VDL Edgar na 1ª qualificativa (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Novo formato

Em Tóquio, pela primeira vez, as equipes passam a contar com apenas três integrantes sem direito a descarte e agora a disputa individual antecedeu a definição do pódio por equipes. Pelo formato da nova regra, o técnico pode fazer uma troca na equipe até duas horas antes, por qualquer motivo. Se classificam para a final as 10 melhores equipes, somando o resultado dos três conjuntos da primeira prova. Se um dos conjuntos for eliminado, a equipe se classificará depois das que terminaram os 3 conjuntos. No caso da eliminação de dois conjuntos, toda a equipe estará eliminada. Caso haja empate – na soma dos pontos em 10º lugar - entram na final as equipes que empataram. O cavaleiro reserva só terá direito a medalha se entrar na equipe durante a competição.


O técnico do Time Brasil é o suíço Philippe Guerdat e o chefe de equipe, Pedro Paulo Lacerda, que também estiveram à frente da equipe de ouro em Lima 2019 conquistando o hexacampeonato na história da competição, quando Marlon Zanotelli garantiu o inédito ouro individual. Na Rio 2016, Guerdat foi técnico da equipe francesa, medalha de ouro.


Brasil detém duas medalhas olímpicas por equipes e um ouro individual

Atlanta 1996 - EUA

Após 10 participações em Jogos Olímpicos, sonho da medalha olímpica se concretizou com a conquista do bronze pelo Time Brasil, formado pelos conjuntos: Rodrigo Pessoa/Tom Boy, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, com Arisco Aspen, André Johannpeter/Calei Joter e Felipe de Azevedo/Cassiana Joter. Doda, após desempate pelas medalhas de prata e bronze, ficou em 7º no individual.


Os Jogos de Atlanta foram históricos também para a criação nacional, com a participação de quatro animais – Calei, Cassiana e, pela equipe suíça Adelfus Joter - de criação de Jorge Gerdau Johannpeter, do Haras Joter, do Rio Grande do Sul, e Arisco Aspen, criação do Haras Campos Salles, em São Paulo.


Sydney 2000 - Austrália

O Brasil conquistou sua segunda medalha de bronze por equipe em um emocionante desempate com a França. O Time Brasil foi formado pelos conjuntos: Rodrigo Pessoa/Baloubet du Rouet, Luiz Felipe de Azevedo/Ralph, Álvaro Miranda Neto, o Doda, com Aspen e André Johannpeter/Calei Joter. Na disputa individual entrou para a história o refugo de Baloubet e a desclassificação de Rodrigo Pessoa que vinha na liderança com chances de conquistar o ouro. André Johannpeter também ficou perto do pódio conquistando o 4º lugar - igualando seu feito ao do General Eloy Menezes, em 1952.


Atenas 2004 - Grécia

Rodrigo Pessoa montando Baloubet du Rouet conquistou o ouro, resultado histórico para o país por ser a primeira medalha olímpica individual no Hipismo. Rodrigo saiu de Atenas ostentando a prata, o ouro veio um ano depois quando se comprovou o doping do cavalo Waterford Cristal, montaria de Cian O'Connor, da Irlanda. A entrega da medalha foi feita um ano depois em cerimônia no Forte de Copacabana no Rio de Janeiro. A equipe ficou em 10º lugar e foi composta por Rodrigo Pessoa/Baloubet du Rouet, Bernardo Alves/Canturo, Álvaro Affonso de Miranda Neto/Countdown 23 e Luciana Diniz/Mariachi.



fonte: Imprensa CBH (Carola May e Rute Araujo; fotos: Luis Ruas / Hipismo Brasil)


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